CANECÃO



















Escola Frei Caneca
76anos
Em 24 de outubro de 1936 surgia em Guaporé uma das mais tradicionais escolas de nosso município: a Escola Estadual Frei Caneca. A querida escola guaporenses nasceu num dos bairros mais tradicionais da cidade, em meio a uma comunidade pujante, que aos poucos foi construindo, transformando e consolidando sua história.
Instalada inicialmente com a denominação de Escola Municipal 13 de Maio, funcionou num prédio que pertencia à família de João Mocelin, onde hoje situa-se a Ervateira Platina. Em 1950 passou a funcionar em prédio próprio, na Rua Euclides da Cunha, onde hoje situa-se a Escola de Educação Infantil Pinguinho de Gente, no atual Bairro Curtume. Logo a seguir, em 1951, passou a ser designada de Grupo Escolar do Bairro Curtume, tendo como Diretora, a professora Maria Dinah Guerra. Um pouco mais adiante, no ano de 1958, a escola passou a integrar o Sistema Estadual de Ensino sob a designação de Grupo Escolar Frei Caneca.
O nome atual surgiu no ano de 1973, onde passou a chamar-se Escola Estadual Frei Caneca, funcionando em dois locais diferentes: no prédio antigo, conhecido como “Canequinha”, atendendo alunos do Jardim à quarta série e no prédio novo, o popular “Canecão”, atendendo alunos de quinta a oitavas séries. Em 1975 a escola contava com ensino de primeiro grau completo, estando em pleno funcionamento, contando com turnos diurno e noturno.
A escola mudaria definitivamente para endereço único somente no ano de 1980, quando deu-se a conclusão da ampliação do prédio novo e todos os alunos passaram a estudar no mesmo endereço, na Rua Marechal Floriano, atual “Canecão”. Contando inicialmente com quadra de esportes em área a céu livre, somente em três de dezembro de 1998 conseguiu inaugurar o seu ginásio de esportes, proporcionando maior conforto aos alunos na prática de esportes e festividades.
Muitos guaporenses fizeram parte da brilhante história do Frei Caneca, seja através da atividade direta como professor, funcionário, ou mesmo compondo entidades que auxiliam no desenvolvimento da escola, como o Grêmio Estudantil, que teve como primeira presidenta a aluna Merciana Chisté. Também podemos citar a atuação do Clube de Mães Estrela D’Alva, que teve como primeira Presidenta a Srª Anayr Chisté, reunindo e congregando as mulheres do bairro “Canecão”, que hoje carrega com orgulho o mesmo nome da escola.
Foram diretores do Frei Caneca: Celina B. Pezzutti (1960-1963), Lucila Ribeiro (1963-1964), Lorena Basualdo (1964-1972), Zilda P. Bratkowski (1973-1977), Terezinha Ana Benvenutti (1978), Sirlei Maria Sebben de Oliveira (1980-1982), Maria A. Postal (1983-1988), Merci Ana M. Rieck (1989-1991), André Dall’Agnol (1993-1994 / 1196-1999),Clarice Marchetto Pillar (1995), Maria de Lurdes M. Osmarini (2000-2001) e Sônia Maria Cremonese Filippi Chiela, de 2002 até os dias atuais.
Ao completar 76 anos de serviço a comunidade guaporense, a escola continua viva e firme em seus ideais de formação. É atualmente um dos mais belos exemplos de bem servir, um orgulho de nossa comunidade, sempre bem cuidada em todos os aspectos que a envolvem. O “Canecão”, como o chamamos carinhosamente, compõe uma das mais belas páginas da história de Guaporé e segue rumo ao futuro dando exemplos de que é possível fazer educação de qualidade em meio a tantas dificuldades. Parabéns a todos que fizeram ou fazem parte de sua história.
Muito obrigado a Direção do Canecão, na pessoa da Diretora Sônia Filippi Chiela, por disponibilizar as fotos desta galeria, bem como o histórico da escola. Nosso agradecimento muito especial à Raquel Cristina Bresolin, que não mediu esforços para nos auxiliar a concretizar esta pequena homenagem a sua/nossa escola de coração. Temos certeza que todos que tiveram a alegria de um dia fazer parte da vida do Canecão, ficarão orgulhosos e felizes em rever um pouco da história do glorioso Frei Caneca.
* Texto por Caminhos de Guaporé, baseado em dados fornecidos pela Escola Estadual Frei Caneca.
Em 24 de outubro de 1936 surgia em Guaporé uma das mais tradicionais escolas de nosso município: a Escola Estadual Frei Caneca. A querida escola guaporenses nasceu num dos bairros mais tradicionais da cidade, em meio a uma comunidade pujante, que aos poucos foi construindo, transformando e consolidando sua história.
Instalada inicialmente com a denominação de Escola Municipal 13 de Maio, funcionou num prédio que pertencia à família de João Mocelin, onde hoje situa-se a Ervateira Platina. Em 1950 passou a funcionar em prédio próprio, na Rua Euclides da Cunha, onde hoje situa-se a Escola de Educação Infantil Pinguinho de Gente, no atual Bairro Curtume. Logo a seguir, em 1951, passou a ser designada de Grupo Escolar do Bairro Curtume, tendo como Diretora, a professora Maria Dinah Guerra. Um pouco mais adiante, no ano de 1958, a escola passou a integrar o Sistema Estadual de Ensino sob a designação de Grupo Escolar Frei Caneca.
O nome atual surgiu no ano de 1973, onde passou a chamar-se Escola Estadual Frei Caneca, funcionando em dois locais diferentes: no prédio antigo, conhecido como “Canequinha”, atendendo alunos do Jardim à quarta série e no prédio novo, o popular “Canecão”, atendendo alunos de quinta a oitavas séries. Em 1975 a escola contava com ensino de primeiro grau completo, estando em pleno funcionamento, contando com turnos diurno e noturno.
A escola mudaria definitivamente para endereço único somente no ano de 1980, quando deu-se a conclusão da ampliação do prédio novo e todos os alunos passaram a estudar no mesmo endereço, na Rua Marechal Floriano, atual “Canecão”. Contando inicialmente com quadra de esportes em área a céu livre, somente em três de dezembro de 1998 conseguiu inaugurar o seu ginásio de esportes, proporcionando maior conforto aos alunos na prática de esportes e festividades.
Muitos guaporenses fizeram parte da brilhante história do Frei Caneca, seja através da atividade direta como professor, funcionário, ou mesmo compondo entidades que auxiliam no desenvolvimento da escola, como o Grêmio Estudantil, que teve como primeira presidenta a aluna Merciana Chisté. Também podemos citar a atuação do Clube de Mães Estrela D’Alva, que teve como primeira Presidenta a Srª Anayr Chisté, reunindo e congregando as mulheres do bairro “Canecão”, que hoje carrega com orgulho o mesmo nome da escola.
Foram diretores do Frei Caneca: Celina B. Pezzutti (1960-1963), Lucila Ribeiro (1963-1964), Lorena Basualdo (1964-1972), Zilda P. Bratkowski (1973-1977), Terezinha Ana Benvenutti (1978), Sirlei Maria Sebben de Oliveira (1980-1982), Maria A. Postal (1983-1988), Merci Ana M. Rieck (1989-1991), André Dall’Agnol (1993-1994 / 1196-1999),Clarice Marchetto Pillar (1995), Maria de Lurdes M. Osmarini (2000-2001) e Sônia Maria Cremonese Filippi Chiela, de 2002 até os dias atuais.
Ao completar 76 anos de serviço a comunidade guaporense, a escola continua viva e firme em seus ideais de formação. É atualmente um dos mais belos exemplos de bem servir, um orgulho de nossa comunidade, sempre bem cuidada em todos os aspectos que a envolvem. O “Canecão”, como o chamamos carinhosamente, compõe uma das mais belas páginas da história de Guaporé e segue rumo ao futuro dando exemplos de que é possível fazer educação de qualidade em meio a tantas dificuldades. Parabéns a todos que fizeram ou fazem parte de sua história.
Muito obrigado a Direção do Canecão, na pessoa da Diretora Sônia Filippi Chiela, por disponibilizar as fotos desta galeria, bem como o histórico da escola. Nosso agradecimento muito especial à Raquel Cristina Bresolin, que não mediu esforços para nos auxiliar a concretizar esta pequena homenagem a sua/nossa escola de coração. Temos certeza que todos que tiveram a alegria de um dia fazer parte da vida do Canecão, ficarão orgulhosos e felizes em rever um pouco da história do glorioso Frei Caneca.
* Texto por Caminhos de Guaporé, baseado em dados fornecidos pela Escola Estadual Frei Caneca.
Minha
comunidade Escolar:
A escola escolhida foi a Escola
Estadual de Ensino Médio Frei Caneca no bairro Canecão, perto da minha casa em
Guaporé. A escolha foi por ser um modelo de escola. Fui conhecer a história em
torno desta e descobri que tem moradores que moram neste bairro há muitos anos,
assim coletei algumas informações referentes ao local e sua comunidade.
Os moradores contam que a Escola Frei
Caneca foi fundada muitos anos após o início de suas obras, relatando que ficou
por muito tempo somente as paredes de pé, tendo ao seu redor somente mato e
algumas poucas casas.
Podemos ainda encontrar as mesmas casas
e as mesmas famílias daquela época, como a família Minusculi, Portaluppi,
Donida, De Conto, Girelli, Pasqualotto, Tesser, Maculan.
Os moradores ficam em dúvida quanto ao
nome correto do Bairro, alguns chamam de Canecão, outros de Frei Caneca, ainda
por Centro ou Saúde.
A polemica do Bairro é o Arroio Tacaoca
ou Barracão, onde este por inúmeras vezes transbordou ocorrendo enchente em
diversos locais e casas, mas atualmente o problema foi solucionado com o
levantamento das pontes.
Ao falarmos do entorno da Escola iremos
nos deparar com o antigo Moinho que ainda é presente na memória dos moradores
por existir seu antigo prédio ainda no mesmo local, mas atualmente desativado.
Logo a frente deste antigo moinho,
encontramos a Padaria Castoldi, ponto de encontro, compras e atrativo dos
alunos da escola. Partindo para o outro extremo da escola, encontramos a
Sorveteria Guri, esta é motivo de passeio por parte dos alunos e professores.
Ainda iremos encontrar no bairro,
supermercado Paludo, bem como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, lojas e
farmácia.
Muitas casas e prédios foram
construídos no local onde antigamente havia somente mato e era deserto.
Em minha pesquisa pude constatar que o
bairro não possui presidente, ou então as pessoas entrevistadas não sabem, só
lembra-se do antigo que é o morador Mário Ortolan, uma pessoa conhecida, um
líder no bairro e na cidade por já ter sido vereador, secretário, diretor de escola;
porém contaram que há zeladora de capelinha que por sua vez são várias, uma por
quadra, estas passam pelas casas levando apoio, comunhão e orações. Ainda
iremos encontrar agentes de saúde.
As famílias que moram em torno da
escola são de todos os níveis sociais, sendo que algumas possuem maior poder
econômico e assim seus filhos estudam no colégio particular da cidade e os
demais na escola do bairro. A maioria dos pais destas famílias trabalha em
fábricas como de jóias e lingerie, muitos vieram do interior ou de bairros mais
distantes, a maioria é classificado como classe média. Professores desta escola
também residem nas proximidades da escola.
Relato das Entrevistas
(pesquisa do surgimento do bairro):
Entrevistado:
J.
V. M. – 62 anos – Professora Aposentada
Em 1979
quando vim morar no bairro havia pouca infraestrutura no mesmo. As ruas não
eram calçadas, poucas residências, os esgotos corriam pelas ruas, muitos
terrenos baldios onde o mato tomava conta. Com o passar dos anos veio o
calçamento e asfalto nas ruas, os esgotos canalizados, construção de casas e
prédios comerciais como: padarias, oficinas mecânicas, bares e minimercados,
melhorando muito o bairro. Hoje é um bairro muito bonito e bem cuidado pelos
moradores.
Sei que
em 1973 com a Reforma do Ensino e a introdução da lei 569/71 que modificou o
Currículo Escolar deu-se novo impulso à Educação. Foi quando surgiu a
necessidade de ampliar o prédio da Escola.
Como
isto era impossível de ocorrer, no momento, a mesma começou a funcionar em dois
prédios distintos e passou a chamar-se Escola Estadual de 1º grau Frei Caneca.
Continuando a funcionar de 1ª a 4ª série no prédio antigo no Bairro do Curtume
carinhosamente denominado de “Canequinha” e de 5ª a 8ª no novo prédio do
bairro, denominado “Canecão”. Em 1975 começou a funcionar a escola no turno da
noite de 5ª e 8ª séries, dando assistência aos jovens que trabalhavam durante o
dia. Em 1980, foi construída a ala nova e a partir de março de 1981 a escola
passou a funcionar de 1ª a 4ª série em dois blocos no mesmo local. Hoje a
escola se encontra em ótimas condições, toda cercada, possui um ginásio de
esportes, cancha de esportes, pátio muito bem cuidado e arborizado. Tudo isso
graças ao empenho da direção, professores, funcionários, alunos e CPM da
escola.
Sentimento
de agradecimento, carinho, pois meus três filhos estudaram na escola e eu
trabalhei por 20 anos como professora, guardando boas recordações das direções,
colegas e alunos.
Um dos
pontos positivos no bairro foi à canalização do arroio Barracão, e o
levantamento das pontes acabando assim com os alagamentos que ocorriam. Pontos
negativos: cuidado com o lixo pessoal que ainda jogam no arroio.
Entrevistado:
E.
P. – 72 anos – Professora Aposentada.
O pouco
que lembre devido a um problema que tive em minha cabeça, posso relatar que
tudo iniciou com a colaboração de algumas pessoas como eu na organização de
festas e eventos mensais no bairro para recolher fundos e contribuições e com
estes aplicar na construção, equipamentos e outros na escola. Devido à demora a
ser concluído a obra, algumas pessoas chegaram a invadir e fazer sua moradia
nas poucas paredes erguidas no local que hoje é a escola. Entrevistado: N. S. – 71 anos –
Aposentada (do lar)
O
bairro surgiu com o aglomerado de algumas casas de famílias vindas do interior
do município.
Famílias
vindas de diversos locais do município onde compraram seus terrenos nas
proximidades do local onde hoje está situada a Escola Frei Caneca.
No
início era um pequeno grupo de famílias que criavam animais domésticos (como
vacas e galinhas), cultivavam produtos agrícolas para auxiliar no seu sustento.
Havia muitos terrenos vazios onde os animais pastavam. Hoje, as mudanças
físicas se fizeram necessárias, pois com o número de habitantes aumentando,
asfaltou-se as ruas, esgoto, água, luz, recolhimento de lixo.
Para o
conforto das famílias, uma escola nas proximidades trouxe mais segurança e
tranquilidade, pois não era mais necessário fazer um longo deslocamento para
estudar.
Não
participei diretamente da construção da escola, desconhecendo sua história.
O
sentimento de é de carinho, cuidado, preservação para com a escola, pois já foi
bastante utilizado pelos filhos, pois temos boas lembranças do que foi vivido
ali. E hoje, pela vida que ali vemos, pelo movimento que o ginásio proporciona,
pelo espaço que a escola oferece ao clube de Mães “Estrela D’Alva” que realiza
suas reuniões mensais.
Além da
Educação, a escola proporciona lazer e alegria aos que utilizam o ginásio de
esportes para competições, a sala de festas que seguidamente é utilizada por
pessoas do bairro e arredores em realizações de festas e reuniões.
Aspectos
positivos: O comércio aumentou. Com um número cada vez maior de famílias fez-se
necessário à instalação de padaria, bazar, fábricas, sorveteria, bares,
oficina, lancheria. É um bairro de pessoas trabalhadoras. Não há atrito entre
os vizinhos, não há violência. Todos possuem um poder aquisitivo que lhes
garante o conforto necessário para viver bem. Temos uma boa infraestrutura.
Se há
aspectos negativos, não os conhecemos.
Entrevistado:
Z.
S. B. – 86 anos – Do lar.
Viemos
morar em Guaporé no dia 6 de março de 1973, o colégio não estava pronto e em 17
de março começou a funcionar com ótimos professores.
Quando
viemos morar aqui tinha umas 10 moradias e com o passar do tempo foi se
desenvolvendo e todos os dias vinham novos moradores. O bairro mudou muito com a abertura das ruas e
cada vez mais foi se ampliando e novas coisas foram chegando.
Conheço
muito da história da escola, pois eu e meu marido Lírio fomos anos do Círculo
de Paes e Mestres (CPM) e ajudamos a construir ela.
Sempre
ajudamos em tudo que precisava na construção da escola.
A
escola tem muita importância e mudou o movimento com a construção do ginásio
(atual ensino médio) para formar profissionais.
Na
construção da escola ajudamos cuidando para que não tivesse estragos e
corrigindo os alunos.
Meus
sentimentos são os melhores, pois moro na frente do ginásio e só tenho
lembranças boas.
O colégio
contribui muito para nosso bairro, alugando para jogos, aniversários e para o
clube de mães que é patrimônio do colégio.
Só
tenho pontos positivos, negativos não tenho, pois sou muito agradecida e
respeitada. Obrigada.
Entrevistado:
C.
M. K. A. – 68 anos – Professora
O
município de Guaporé foi criado no ano de 1903.
O
bairro Curtume surgiu com a vinda da Fábrica – Curtume dos proprietários
Termignioni.
Agruparam-se,
com suas residências nas proximidades dessa fábrica (curtume), várias famílias.
Sentindo
que o bairro cresceria, logo pensaram construir uma escola, para seus filhos
estudarem.
Na Rua
Euclides da Cunha construíram a escola denominada “Grupo Escolar Frei Caneca”,
atendendo o Ensino de 1ª a 4ª série.
Hoje
neste prédio funciona a Creche Pinguinho de Gente, porque a escola já não
atendendo mais a grande demanda de alunos e sem espaço físico para sua
ampliação, construíram na Rua Marechal Floriano, uma escola maior onde hoje
funciona o 1º e 2º grau completo.
A
escola passou a denominar-se Escola Estadual de 1º e 2º Grau de Ensino Médio
Frei Caneca, e o bairro também foi crescendo e dividindo-se, onde passou a
denominar-se Bairro Canecão. A importância da escola no bairro é tudo; só
trazendo benefícios, informação, cultura, conhecimento, preparo para a vida do
futuro cidadão. O bairro Canecão mudou para melhor, ruas pavimentadas, pequenas
fábricas de joias e lingeries, mercados, padaria, armazéns, e pequenas lojas.
Tudo melhorou e progrediu.
Quanto
ao conhecimento da construção da escola quase nada sei. Só sei algo, após
lecionar neste educandário, estava e está como se encontra hoje.
Não
participei da construção do prédio. Quanto ao sentimento que nutro pela escola
é o melhor possível, pois ela é a alma de tudo para as pessoas do bairro; as
crianças e jovens crescem em cultura, conhecimento, sabedoria e preparo para a
vida; sendo assim tornar-se-ão cidadãos preparados para a vida, pois um país se
faz com escola, livros e professores preparados.
Quanto
à contribuição da escola para o bairro e cidade é tudo de bom. Homens cultos
contribuem para a cidade e o país.
Só vejo
pontos positivos, porque o bairro cresceu muito, progrediu e desenvolveu-se.
Entrevistado: M.
O. – 60 anos – Professor
Houve
uma aproximação de residências pelo fato de existir o moinho da família
Minusculli e da Indústria de bebidas “Guaposul” onde hoje é a “Protege”, e o
estádio do Juventude.
Por
volta de 1960, o local que hoje tem a escola e algumas casas deste bairro eram
potreiros com cavalos, vacas e outros animais, as ruas eram estradas onde
passavam muito poucos carros, e alguns não passavam. A partir de 1970 as
residências aumentaram e as ruas foram se moldando ao que é hoje. As mudanças
físicas são enormes, surgiu a Escola Frei Caneca, comércio, indústrias, ruas
calçadas, iluminação pública etc.; (é o menor bairro de Guaporé e o mais bem
estruturado).
A
Escola Frei Caneca é a continuação do antigo Canequinho onde hoje funciona uma
Creche chamada Pinguinho de Gente.
A
escola tem uma importância enorme para o bairro, tenho certeza que o
crescimento do bairro se deve a Escola.
Da
construção do primeiro prédio não sei, da criação da Escola citei acima.
Participei
de 1977, no CPM, e 1987 e 1988, como responsável pelo 5º núcleo em Guaporé que
era uma espécie de departamento da 16ª Coordenadoria (na época Delegacia de
Educação) onde auxiliei e encaminhei os projetos de ampliação, construção do
ginásio e etc. desta escola.
O sentimento que possuo em relação à
escola se da a uma extensão da minha casa, por ter trabalhado nela como
professor, minha esposa trabalhou até se aposentar e meus filhos estudaram lá
também. É enorme a contribuição da escola para o bairro, pois o mesmo se
desenvolveu em função da escola.
Aspectos positivos que vejo no bairro:
Ter a escola; perto de quase tudo, bairro bem central; o nível sociocultural
dos moradores; infraestrutura urbana (água, luz, sistema de esgoto, calçamento
etc.); todos (ou quase) todos se conhecem;
Aspectos negativos: Ser o acesso para
outros bairros; alguns moradores não colaboram com passeios (calçadas) e pouco
arborizado.
Experiências, Pesquisas e
Sentimentos:
Abordagens de Pesquisa em Educação foi
um eixo de histórias pessoais, pesquisa, reflexão, experiencias,
investigação,olhares sobre o entorno, sobre parceria e a grande sedução.
Ao lembrar que construímos a história
de leitura, o museu imaginário e o fichamento onde dialogamos e usamos
ferramentas indispensável para nossa caminhada que é o dialogo, pesquisa e
muita leitura.
Ao procurar uma escola parceira fomos
pesquisar, ver o contexto em que se encontra essa escola, fazer uma
socialização, olhar a comunidade e procurar fazer uma sedução dentro e fora da
escola. Quando escolhi a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca no bairro
Canecão, morro no bairro centro foi por um conjunto de fatores como o bairro,
escola e moradores. Depois fui pesquisar o entorno da escola e descobrir que
meu olhar estava certo, minha percepção como futura professora para os temas
geradores da práticas pedagógicas, tinham elementos para construção de um
projeto de aprendizagem de ensinar e aprender.
Conhecendo o entorno a comunidade
entender e registrar a conversa com os lideres, pioneiros do bairro com essa
investigação vamos buscar a construção e produção dos processos pedagógicos.
Essa pesquisa e entrevista do entorno
da escola nos possibilitou através das narrativas conhecer mais a realidade,
evidenciar o que não é perceptível, o ponto de vista de cada um que tornou um
olhar sensível de todos os entrevistados com muito sentimentos ao relatos das
histórias particulares que formam a comunidade com pensamentos, sentimentos e
desejos em comum.
No texto A Cidade como palco da Vida:
As Relações de Poder no Espaço da Comunidade Escolar.
Pensando nesta afirmação, resta-nos
salientar que os sujeitos não são passivos neste processo, pois os usos dos
espaços podem corroborar com a visão daquilo que foi estabelecido, ou adquirir
diferentes sentidos dependendo da comunidade e suas apropriações. Conforme
salienta KRUK (2008), os espaços '' expressam sentidos, relações e ideias'', e
compreender os significados destas relações tem total ligação em pensar as
dinâmicas sociais que são próprias de cada espaço, pois como afirma SIMMEL, ''
a cidade é um fator cultural, um caldeirão de expressões, de sentimentos, de
desejos e de frustrações'' (apud KRUK, 2008, p.57).
No final desde trabalho que nos
proporcionou ser um professor pesquisador, investigador um jornalista ao
entrevistar a comunidade para nos apropriar de conteúdos para nossa prática
pedagógica fico realizada por ter encontrado gente que faz a diferença, gente
humilde, gente humana sensível as peculiaridade a do entorno da escola com
sensibilidades ao falar de sua comunidade e com muito orgulho do seu bairro.
Contribuindo na construção da história do bairro, comunidade e da escola.
Que bom terminar um trabalho onde encontramos um olhar para o entorno que é igual a todos um lugar de privilegio para morar e desenvolver um trabalho em conjunto, fazendo a diferença na trajetória escolar.
Que bom terminar um trabalho onde encontramos um olhar para o entorno que é igual a todos um lugar de privilegio para morar e desenvolver um trabalho em conjunto, fazendo a diferença na trajetória escolar.